data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Júlio César Guimarães (COB)
No Japão, o relógio já marcava 20h, mas no Brasil o dia há pouco tinha amanhecido quando Anderson Henriques, 29 anos, disputou a prova de revezamento misto de 4 por 400 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O atleta, de Caçapava do Sul, correu na categoria que, pela primeira vez, tem equipes com homens e mulheres correndo juntos em uma Olimpíada.
Seleção feminina perde para Canadá nos pênaltis e dá adeus a Tóquio
A equipe terminou a corrida classificatória com tempo de 3min15s89, em sétimo da segunda bateria valendo e em 12º na soma de todas baterias. Com esse tempo, o quarteto, que, além de Anderson tem Pedro Burmann, Tabata Vitorino e Tifani Marinho, bateu o recorde sul-americano. Veio o recorde, mas não veio vaga para a final, já que apenas os oito primeiros no geral se classificaram. A equipe está fora da prova que vale medalhas na categoria.
A corrida foi aberta por Pedro Burmann, que passou o bastão para Tifani. A terceira a correr no revezamento foi Tabata. Já bem atrás dos demais corredores quando recebeu o bastão, Anderson Henriques fechou a prova.
Ao final da corrida, Anderson agradeceu o apoio da torcida e exaltou o recorde quebrado pela equipe.
- Estou muito feliz por ter batido o recorde sul-americano. A prova foi bastante forte. Não conseguimos a vaga, mas valeu todo o esforço da equipe. Queria agradecer a todo mundo que se empenhou e fez com que esse sonho fosse possível - afirmou.
ESTREIA EM OLIMPÍADAS
Anderson estreou nos Jogos Olímpicos na prova desta manhã. Antes disso, neste ano, foi medalha de prata no mundial disputado na Polônia, em maio deste ano. Ele e Tifani, que competiram juntos na Olimpíada, tiveram outros dois colegas diferentes no mundial: Geisa Coutinho e Alison Santos. Alison Santos abriu mão do revezamento para focar na prova de 400 metros com barreiras, garantindo vaga para semifinal da categoria que está marcada para o domingo.
TRAJETÓRIA
Além da prata no mundial, Anderson já tem outras vitórias e medalhas na bagagem: foi finalista nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011 e finalista no Campeonato Mundial de Moscou, em 2013, quebrando duas vezes o próprio recorde. Também em 2013, na Universíada, também na Rússia, levou a medalha de prata. Ele não participou das Olimpíadas do Rio, em 2016, e Londres, 2012, por conta de lesões.
Antes de ganhar o mundo, Anderson começou no atletismo na escola Técnica Estadual Dr. Rubens da Rosa Guedes (ETERRG), em Caçapava do Sul, onde estudou. Ele foi revelado no projeto escolar Atleta Campeão, e começou a competir. Aos 17 anos, foi para Porto Alegre dar continuidade na carreira no atletismo, onde vive atualmente.